By Fernanda Carvalho

Em Julho de 2018, estava com uma viagem planejada a Nova Iorque, mas gostaria de fazer uma extensão com alguma outra cidade que não tivesse que pegar avião e que fosse fácil de chegar. Veio a ideia de ir a Washington, a qual já tinha conhecido várias vezes, entretanto não nos últimos 10 anos. Achei que era importante reviver essa experiência e verificar o que tinha mudado.

Eu e minha mãe pegamos o trem na Penn Station em Manhattan e compramos o ticket “Express”, ou seja, sem paradas e com 2:40 horas de viagem até a capital federal. O trem é excelente, tem wi-fi, banheiros limpos, poltrona confortável, e um café com opções de bebidas e lanches rápidos. Há também a opção de business class. É necessário a compra antecipada. O passeio acaba sendo interessante porque passa por cidades americanas bem conhecidas como Filadélfia, Maryland, Portland, entre outras. O trem chega pontualmente na estação Union Square que é já um ponto turístico da cidade.

Já com poucas horas de passeio, notamos uma cidade modificada. Washington estava extraordinária, com múltiplas personalidades: capital federal, uma metrópole internacional, um pitoresco destino turístico, um tesouro histórico com o melhor da história do país e seus artefatos e um centro cosmopolita que preserva um ambiente de cidade pequena.

Decidimos iniciar a conhecer a cidade andando a pé mesmo, apesar de que Washington possui um dos meios de transporte mais eficientes do mundo. Nos deparamos com várias construções interessantes.  A cidade é limpíssima, as calçadas são largas, floridas e agradáveis.  Do hotel, o Trump International localizado na Avenida Pensilvânia, foi possível caminhar para pontos turísticos clássicos, como a Casa Branca, o Congresso, o Capitólio e chegamos sem gastar o folego em um dos maiores complexos de museus do mundo.

D.C é um paraíso para os fanáticos de museu e os visitantes reconhecem que é impossível ver tudo em um dia. O Smithsonian Institute oferece entrada gratuita em todos os seus museus e horas de display de arte, natureza, astronomia e muito, muito mais. Além disso, DC proporciona muitas atrações para diferentes gostos e pessoas. A proximidade com a cultura e história é o que mais beneficia quem mora aqui. Facilmente nos deparamos com mansões de séculos passados, jardins arquitetônicos e ficamos saudosistas por não ter sido possível conhecer o museu do Holocausto, o Jardim Botânico, o famoso National Geographic Center, o National Portrait Gallery, entre outros.

Chegamos ao hotel exaustas, afinal tínhamos saído de Nova Iorque as 05:40 da manhã e tivemos um dia maravilhosamente intenso! Subimos ao quarto e foi incrível encontrar no quarto garrafinhas de água (é uma cortesia a todos os hóspedes), chocolates e frutas frescas. Adoramos receber estes mimos após um dia de muito calor e caminhadas. Além disso ficamos encantadas com a cama do hotel Trump. Nunca havíamos experimentado este conforto nos lençóis e maciez do colchão. Soubemos depois que a rede manda fazer os colchões e linha de banho em uma tiragem exclusiva para eles.

Ao acordar tomamos café da manhã no restaurante do hotel, que é muito agradável por que está localizado na parte superior do lobby e possui algumas árvores o que remete um ambiente fresco e agradável. Não demoramos muito tempo porque queríamos fotografar as visitas do observatório da torre do relógio de Washington, localizado dentro do hotel. Ele foi construído dentro das instalações da casa matriz dos correios americanos. É impressionante estar hospedada em um edifício patrimônio histórico dos EUA que durante a remodelação manteve as estruturas originais da edificação, como janelas, portas e pisos. Poder vivenciar tudo isso tão perto é memorável.

Resolvemos ir visitar o bairro de Georgetown. Este é um bairro nobre e mais antigo do que a própria capital dos EUA. Depois que a mesma foi criada é que Georgetown foi incorporada ao Distrito de Columbia. A rua principal do bairro se chama M Street e a grande atração é bater perna por ela, conhecendo as lojas e os restaurantes por ali.

Uma dica imperdível é começar o dia provando os cupcakes da Georgetown Cupcake. Nosso taxista insistiu muito para irmos ali. Nossa, agradeço até hoje a ele!!! Eu nunca fui fã desses bolinhos, achando seco e cheio de glacê em cima. Mas esses, foram sensacionais!

Washington D.C  agora tem muitas opções de compras, inclusive compras de luxo com o novo City Center, que está há três quadras do hotel. Além disso há aproximadamente 60 restaurantes na região, inclusive Michelin estrelados. A cidade possui também parques e passeios aquáticos em vários pontos e também no recente construído The Warf que é uma delícia para passear nos dias de verão.

Falando em temperaturas, pegamos muito calor na viagem, mas o concierge do hotel nos recomendou voltar na primavera (final de março/começo de abril) para acompanhar o festival de afloramento das cerejeiras. A cidade recebe mais de 1.5 milhões de turistas que vêm admirar mais de 3,000 árvores espalhadas pela cidade. O evento marca com honra o relacionamento da América com o Japão, onde os EUA foram presenteados com estas árvores vindas do Japão em 1912. Infelizmente tínhamos que voltar a Nova Iorque para pegar o voo de volta a São Paulo. Uma pena não termos conversado com a nossa agência de viagem para voltar via Washington já que há voos direto também para SP saindo de lá. Nos despedimos com muita vontade de voltar. Ficamos encantados com a tranquilidade, carinho das pessoas e uma energia própria que vai muito além de ser somente a capital dos Estados Unidos.