By Fernanda Sarubbi

Navegar é preciso, principalmente em Alter do Chão! A vila é conhecida como o Caribe brasileiro, mas é muito mais do que isso. Você vai se surpreender com os rios Tapajós e Arapiuns assim como eu.

A primeira vez que estive na Amazônia foi em 2016, e desde então sou cada vez mais apaixonada pela região. Quando se fala em Amazônia a maioria das pessoas pensa no Estado do Amazonas, mas na verdade 9 Estados fazem parte da Amazônia, entre eles o Pará.

Minha última viagem para lá foi em novembro de 2020, depois de um ano tão desafiador nada como um banho de rio para curar. Por falar nisso uma das principais atrações da viagem é o justamente o rio, água transparente com uma temperatura perfeita. Sem dúvidas a melhor maneira de conhecer a região é navegando, você pode chegar em lugares que a maioria das pessoas não chegam e assistir o nascer e o pôr do sol de um ângulo diferente e especial.

Dessa vez a experiência foi a bordo do Amazon Dolphin, uma embarcação recém inaugurada com apenas 12 cabines – um verdadeiro hotel boutique flutuante. Apenas 40km separam a Vila de Alter do Chão do aeroporto de Santarém, chegamos no local de embarque por volta da hora do almoço, horário perfeito para o mergulho na culinária paraense.

Ainda no primeiro dia, fizemos uma visita a uma comunidade ribeirinha para conhecer a antiga tradição da confecção de artesanato com palha do tucumã, uma típica fruta da região. Fizemos uma oficina com os artesãos de Urucureá sobre as cores e o trançado tradicional e claro aproveitamos para fazer umas comprinhas.

No segundo dia, acordamos bem cedo para assistir o nascer do sol já nas águas do rio Arapiuns. Após o café da manhã, sempre muito completo e saboroso, hora de partir para uma trilha pela floresta nativa e aprender sobre a fauna e a flora da região. Foram 9km, muito calor e umidade mas a recompensa foi um delicioso banho no igarapé.

No terceiro dia, fizemos uma visita a mais uma comunidade ribeirinha – a casa de farinha. Na Amazônia a mandioca é a rainha, dela são muitos produtos como a farinha, a goma de tapioca e essa iguaria chamada tucupi.

Todos os jantares a bordo são maravilhosos, com muitos pratos regionais – como o pato no tucupi, o tacacá e a maniçoba – mas o último jantar a bordo é inesquecível. Em um banco de areia, sob a luz da lua e das estrelas a tradicional Piracaia é preparada – peixe assado na brasa em um cenário mais que especial!

A viagem vai chegando a fim, último café da manhã a bordo, últimas horas curtindo uma praia privativa e um banho de rio. Nos dirigimos a Vila de Alter novamente e é hora de voltar para casa. Na mala muito artesanato e farinha de tapioca, mas acima de tudo muita energia desse lugar tão especial que é a Amazônia. Já estou sonhando com o próximo mergulho no Tapajós!