By Amanda Goulart

Sempre fui apaixonada por história e ir a Israel me parecia necessário por ser um destino ícone nessa aérea. No entanto, ao chegar em Jerusálem, o impacto foi a profusão de religiões que observei e como isso me influenciou. 

Estava em um momento pessoal delicado e confuso, não sou extremamente religiosa, mas acredito em energias. E, estar em Jerusálem, foi inevitável de ser confrontada com a energia de uma fé profunda. Jerusálem é na verdade sagrada para as três principais religiões: Cristã, Judaica, Islâmica.

Vamos aprofundar um pouco mais sobre Jerusalém. Fique pelo menos 5 a 6 noites. A cidade será utilizada como base para outras visitas, tais como: Belém, Massada, Nazaré Mar Morto, além de dois dias na cidade. Há três opções de hotéis são os melhores da cidade, cada um com uma personalidade: Mamilla, que é um hotel mais descolado, contemporâneo próximo a rua de compra deles, a Alrov Mamilla Avenue; Waldorf Astoria, um hotel que até o ano de 2019 possui um dono mais ortodoxo que não permitia piscina e tão pouco spa, apesar de ser novinho e muito bem decorado, tinha esse item um pouco desfavorável, o hotel foi vendido e o spa está sendo finalizado; por fim, temos o King David, o hotel é um museu da cidade praticamente, com uma decoração rebuscada com uma vista única para citadela de Jerusálem. 

Em Jerusalém, a proposta é passar pelo menos dois dias visitando a cidade e seus lugares sagrados e eu diria, históricos. Com forte tendência católica, eu não sai ilesa do muro das lamentações. Sendo assim, mesmo os locais judaicos devem ser visitados, pois tem uma importância cultural e histórica. A minha dica é sempre pegue um guia da sua religião esse será o grande diferencial nas visitas. Apesar de ser “católica”, meu sonho era conhecer Massada, a cidade famosa pelo sacrifício judaico, na qual após a invasão romana, os lideres da cidade se sortearam para saber quem cometeria suicídio, contrariando as leis judaicas, mas evitando que a cidade caísse na mão dos romanos. 

Belém que está em território palestino também é um dos pontos altos. No cruzamento de “Israel” a Palestina, somos obrigados a trocar de guia e carro, não sei se é isso, mas você se sente em uma pequena “aventura”. Após cruzar a fronteira, o que surge para você é uma cidade mais pobre se comparado com o território vizinho, tudo que chega a região palestina é comprado da região rica, ou seja, Israel. Sendo assim, a situação da região palestina ilhada em Israel é bem complicada financeiramente falando. O contraste de regiões e acesso a bens materiais é nítido, o que colabora com a sua ideia de aventura. Chegando na igreja, você visualiza que a parte de conservação do monumento também é mais decadente se comparada com as outras igrejas de Jerusalém. Mas, o ponto alto da visita a manjedoura assim como o muro, o túmulo e os outros tantos lugares sagrados é um momento único seja você religioso ou não. Ver como as pessoas se comportam diante de tal fé, não te deixa passar ileso. Essa visita durará em torno de um meio dia. E, você sairá dessa visita com informações de fé, história e sabendo a importância da mãe de Constantino em tudo isso, Helena para toda a região. 

Já em Jerusalem, temos o Monte das Oliveiras, Igreja da Ascenção, Igreja do Pater Noster,  a do Dominus Flevit, a Tumba de Maria, Bethesda Pools, Museu da Historia de Israel, o túmulo de David e a cidade do King David, a Mesquita, o Mercado. Enfim, são muitos atrativos, mas ressalto três que são o ponto alto da cidade:  a Via Sacra, para os católicos uma emoção enorme, mas mesmo para as outras pessoas um local de grande comoção pela simples imaginação do que foi um homicídio de um homem. 

O outro atrativo que ressalto é o Museu do Holocausto, que foi um dos dias mais marcantes da minha vida. E, fiquei alguns dias pensando sobre seu significado. A entrada do museu do lado esquerdo tem o museu das crianças, com velas e espelhos simbolizam o número de crianças mortas durante o grande genocídio judeu, o nome das crianças é pronunciado e sua representação por velas. Na frente, um monumento com colunas inacabadas, representando as crianças e as descontinuidade de suas vidas. Na frente, estão localizadas as árvores de cada um dos protetores, ou anjos dos judeus logo abaixo do museu das crianças. Já o corpo principal do museu construído em um triangulo, onde a história de como um pensamento de um homem com conceitos extremistas conseguiu aos poucos ganhar seguidores e ao mesmo tempo, dominar metade da Europa. Quando você chega ao fim do museu, há uma tristeza sem tamanho com vista para o jardim do museu. É como se coexistissem a esperança e o choque de realidade da história narrada. 

Mais um atrativo, que ressalto é o Muro das Lamentações se tiver condições visite durante o início do Shabat, ao entardecer da sexta-feira, quando há os judeus se dirigem ao muro para suas rezas, o chamado das Mesquitas e o fechamento do Mercado para mais uma reza do dia para o mundo islã e por fim, os cristãos indo em direção aos sinos das igrejas chamando para a liturgia. Sem dúvida nenhuma, umas das experiências mais impactantes que poderá ter. Realmente recomendo, sendo assim só na cidade você gastará dois dias e outros três para as demais visitas. 

A experiência do Mar Morto é feita por um resort bem simples, no qual oferecem um roupão, toalha e um chinelo descartável. Dica levem todos os itens necessários para o seu banho e uma havaiana. Na sua caminhada ao mar, não há nada de glamuroso o sal do mar cria formações de pequenas estalagmites que machucam os pés. Passado esse obstáculo, a entrada no Mar mais salgado do mundo é uma outra experiência das mais deliciosas, o boiar eterno e a paisagem ao redor são impressionantes. Outra dica: não molhe o rosto e mesmo os olhos, pois arde bastante. A água salinizada em contato com o sol queima demasiadamente, então passe bastante protetor e desfrute da boia natural da vida.

Outras duas regiões que valem a ficar mais de um dia de passeio são: Galiléia e Tel Aviv. A primeira é mais uma região histórica e religiosa, na qual foi construída a primeira igreja onde Jesus ministrou a primeira missa, foram feitos alguns dos famosos milagres e o local de Batismo de Jesus, o Rio Jordão. Há um hotel espetacular na região, recém-aberto da rede The Setai, vale a pena ficar duas noites, o hotel é um estilo resort intimista com uma decoração contemporânea. Além disso, não deixe de fazer o passeio de barco na região do Rio Jordão. Já, a segunda cidade: Tel Aviv, é badalada, com uma proposta descolada, com restaurantes mergulhada em linhas Bauhaus e ao mesmo com característica de medina em Jaffa. A hospedagem é o The Setai, novíssimo e fica mais em Jaffa, o Ritz Carlton excelente opção mas afastada da corniche; e o The Vista at Hilton Tel Aviv, que é um hotel localizado na aérea mais badalada da praia e fica nos últimos andares do hotel Hilton, para quem procura localização esse é o local.