By Mayra Iguchi

Assim que sentei para escrever sobre a minha viagem à África do Sul à convite da INTI, o Presidente do país, Cyril Ramaphosa fazia seu pronunciamento anunciando a reabertura das fronteiras para visitantes internacionais. Sem dúvidas foi uma das notícias mais felizes dos últimos dias.  Me fez recordar detalhes de minha última viagem ao destino na qual tive a chance de levar meu filho, o Joca – na época com 2 anos! Embora pequeno, vejo o brilho nos olhos deles e como ele mantem vivo todas as experiências que vivemos por lá até hoje!

Nossa viagem começou logo pelo safári após uma conexão em Joanesburgo, embarcamos em um voo que nos levou ao aeroporto de Skukuza.  Uma vez em solo desse pequeno e charmoso aeroporto, fomos recebidos pelo ranger do Sabi Sabi, nome do grupo de lodges onde nos hospedamos.  Mais especificamente, passamos as 3 noites no Bush Lodge, maior lodge do grupo e o que aceita crianças.  O transfer é realizado no mesmo jipe em que o safári é conduzido.  E a nossa experiência já começou logo ali, afinal já avistamos alguns animais no caminho.  Nossa câmera e celular já entraram em ação!  Chegamos no voo da manhã a tempo de almoçar, fazer um descanso pós almoço e já sair oficialmente para o primeiro safári.  A região onde o Sabi Sabi está localizado é casa para os tão famosos Big Five, ou seja, os 5 animais mais difíceis de serem caçados: leão, búfalo, rinoceronte, leopardo e o elefante.  Mas com empatia e conhecimento dos guias, você aprende com grande interesse sobre qualquer ser vivo que cruze o seu caminho, dos pequenos insetos aos grandes animais.  E o bacana é se abrir para o que vier! Os guias do Sabi Sabi são super treinados e de quebra ainda tiram as melhores fotos! Sempre nos acompanham um ranger- que dirige o veículo e o tracker que foca em buscar os animais.  Eles são uma dupla e tanto e em muitos momentos comunicam-se através da língua local com o objetivo de não estragar a surpresa de te mostrar aquele animal que estávamos tanto buscando! Assim quando você menos esperar, dá de cara com aquele tão esperado encontro.  Há muito respeito pelos animais nessa reserva privativa. 

Apesar de ter mais liberdade justamente por estarmos em uma reserva privada, poder sair offroad e ficar o mais próximo do animal possível, há várias regras que são rigorosamente respeitadas.  Uma delas muito importante: não mais do que 3 veículos ficarão em volta de um dos Big Five, principalmente quando houver um filhote.  Assim, faz-se um rodízio entre os veículos de safári garantindo a maior tranquilidade possível ao animal e também a oportunidade para que todos hóspedes visualizem os animais mais concorridos.

Falando em veículo, nós estávamos em um privativo também por conta da idade do Joca. Abaixo de 6 anos, é necessário um veículo privativo assim há mais flexibilidade de horário e trajeto também.  Para nós foi ótimo mas ficávamos sempre as horas completas de safári tanto no período da manhã como no safári da tarde. Joca muitas vezes fazia sua soneca no veículo com o solzinho batendo no rosto de tanta paz que sentia. Recomendo uma estadia de no mínimo 3 noites no lodge assim você também pode se dar o prazer de pular um dos safáris- foi o que fizemos no safári da manhã do dia seguinte à chegada.  Demos um descanso e respiro a todos nós, até para que pudéssemos ir nos adaptando ao fuso horário e foi a melhor coisa.  Acordamos mais tarde, tomamos um café da manhã mais demorado e também passamos algumas horas no Kid’s Club, um dos melhores que já estive. Joca amou as atividades de pintura, massinha, parquinho, e até os sprinklers de água pelo jardim. E depois ainda deu tempo de curtir a piscina de nossa Villa antes do almoço.

Não tivemos problema algum com as refeições: cozinha internacional variada e ainda possiblidade de preparo customizado pelo chef.  Joca foi muito mimado com os biscoitos e quitutes oferecidos.  E outra coisa linda de ver foi a conexão que ele fez com o Mandla e o Bethuel, nosso ranger e tracker.  Ele lembra com muito carinho deles até hoje!

Após 3 noites no Sabi Sabi, partimos na manhã do último dia à Cape Town – ali passamos 4 noites e nos hospedamos no emblemático The Table Bay Hotel, localizado no Waterfront onde tudo acontece.  O principal shopping da cidade era nosso vizinho assim como vários restaurantes, bares, lojinhas, entretenimento e a famosa roda gigante.  Com artistas de rua se apresentando, artesanato e contato com os locais.  A cidade é sem dúvidas uma das mais belas do mundo e os quartos do Table Bay possuem vista baía ou vista para o cartão-postal da cidade, a Table Mountain! Joca passava algum tempo frente à janela checando todo movimento! E claro que amou o café da manhã e também o chá da tarde, tão reconhecidos do hotel!

Fizemos alguns passeios pela região: um dia para a Table Mountain logo cedo combinada com a região das vinícolas.  Demos a sorte de conseguirmos subir até o topo da “Montanha da Mesa” uma vez que esse passeio está sujeito à velocidade do vento para acontecer.  Nos momentos em que há muita ventania, o teleférico fecha e pode reabrir nos minutos seguintes.  O site da atração indica todos os detalhes. Já a região da vinícola conta com uma linda paisagem montanhosa e gastronomia impecável. Um suspiro a cada cenário. Essa região é realmente muito charmosa. Ainda consegui um passeio à cavalo ao Joca e um piquenique no almoço. Foi um ótimo programa que todos curtiram!

No dia seguinte, fizemos o passeio à Cape Point e a famosa Boulders Beach que é a praia dos pinguins.  Joca curtiu muito ver esses simpáticos animais tão de perto!  No último dia, curtimos mais a cidade, o entretenimento do Waterfront, fizemos comprinhas de artesanato, comidas típicas, visitamos o aquário, demos a volta na roda-gigante e algumas voltas no trenzinho para crianças que Joca amou! 

Nosso destino seguinte foi Sun City, famoso complexo que conta com entretenimento para todas as idades.  O complexo possui 4 hotéis, com tarifas para os mais variados budget.  Nos hospedamos no The Palace of the Lost City.  Assim, após um voo até Joanesburgo, pegamos um transfer de cerca de 2 horas até o resort. Lá há muito o que fazer com crianças. Passamos 2 noites e não conseguimos realizar tudo! Há safári na reserva nacional de Pilanesberg, casa aos Big-Five e que não há um mínimo de idade, o que é ótimo! Passeio de balão para as crianças mais altas, piscina de ondas e areia, parque aquático, Kid’s club completo, passeio de trem, mini-golfe, parques, escultura de um elefante em tamanho real, cinema, boliche, tirolesa, quad biking, labirinto, visita aos crocodilos. Para os adultos, o complexo ainda conta com 2 campos de golfe, cassino, teatro, bares, entretenimento noturno.  É possível listar mais de 100 atividades para ser fazer por lá! Diversão garantida a todos mas especialmente às famílias com crianças!

Nosso último pernoite foi em Joanesburgo no hotel Maslow, excelente 4 estrelas superior no bairro de Sandton. Aproveitamos o shuttle cortesia do hotel e fomos ao principal shopping da cidade, o Sandton City.  Joca aproveitou a loja de brinquedos Hamleys, aquela mesma de Londres.  Compramos alguns brinquedos simples para distração no voo da volta antes de jantarmos no restaurante do próprio hotel – para nossa surpresa foi uma das melhores experiências gastronômicas que tivemos!  A cozinha aberta que eles possuem e a possiblidade de ver os chefs em ação sempre é um show para as crianças! Excelente maneira de finalizarmos uma viagem que ficará marcada para sempre em nossas memórias. E eu mal posso esperar a hora de levar o Bernardo, irmão do Joaquim a esse destino encantador!